A Mata Atlântica é um bioma presente na maior parte no território brasileiro, abrangendo ainda parte do território do Paraguai e da Argentina. As florestas atlânticas são ecossistemas que apresentam árvores com folhas largas e perenes. Abriga árvores que atingem de 20 a 30 metros de altura. Há grande diversidade de epífitas, como bromélias e orquídeas. Não deve ser confundida com a Floresta Amazônica, ou Selva Amazônica, que é um outro bioma presente na América do Sul.
Foi a segunda maior floresta tropical em ocorrência e importância na América do Sul, em especial no Brasil. Acompanhava toda a linha do litoral brasileiro do Rio Grande do Sul ao Rio Grande do Norte (regiões meridionais e nordeste). Nas regiões Sul e Sudeste a Mata Atlântica chegava até a Argentina e o Paraguai. Cobria importantes trechos de serras e escarpas do Planalto Brasileiro, e era contínua com a Floresta Amazônica. Em função do desmatamento, principalmente a partir do século XX, encontra-se hoje extremamente reduzida, sendo uma das florestas tropicais mais ameaçadas do globo. Apesar de reduzida a poucos fragmentos, na sua maioria descontínuos, a biodiversidade de seu ecossistema é uma dos maiores do planeta. Seu clima é subtropical e tropical.
Fauna:
Existe uma relativa precariedade referente à realização de levantamentos de fauna da Mata Atlântica, o que torna sua descrição mais difícil que a da vegetação, mas ela pode ser dividida em dois grandes grupos de animais:
- Generalistas: pouco exigentes, com altas taxas de reprodução e grande variabilidade de dieta e hábitos alimentares, o que permite que habitem trechos de mata secundária. Ex.: macaco-prego, sabiá-laranjeira.
- Especialistas: dieta e hábitats muito restritos. São sensíveis à perturbações no meio, e por isso tendem a ser encontradas em trechos de floresta primária. Ex.:jacutinga, muriqui.
A história evolutiva da Mata Atlântica é marcada por momentos de relativo isolamento e outros por contato com outras florestas sul-americanas, como a Amazônia. Como conseqüência, existem elementos "antigos", que habitam a região desde 3 milhões de anos atrás, até outros que vieram de outros biomas há cerca de 10 mil anos. É evidenciado, com as quatro espécies de micos-leões(gênero Leontopithecus), que dentro do próprio bioma houve diferenciação biológica: o mico-leão-de-cara-dourada é típico das florestas do sul da Bahia e norte do Espírito Santo, o mico-leão-dourado do Rio de Janeiro, o mico-leão-preto da floresta semidecidual do interior do estado de São Paulo e o mico-leão-de-cara-preta é da costa doParaná. O surgimento de espécies com esse padrão de distribuição restrita derivam da formação de rios e mudanças paleoecológicas globais e regionais causadas por movimentos de placas tectônicas.Outros grupos, como o gênero Sapajus (o popular macaco-prego), devem ter evoluído primeiramente na Mata Atlântica e depois ido para outros biomas como o Cerrado e Floresta Amazônica.
Visto os fatores citados anteriormente, a fauna da Mata Atlântica é extremamente diversa: no caso dos vertebrados, são 261 espécies mamíferos, 1020 espécies de aves, 197 de répteis, 340 de anfíbios e 350 de peixes que são conhecidos até hoje no bioma.
Ainda existe muito a ser descoberto referente a fauna, tanto que, recentemente, foram catalogadas a rã-de-alcatráses e a rã-cachoeira, os pássaros tapaculo-ferrerinho e bicudinho-do-brejo, os peixes Listrura boticario e o Moenkhausia bonita, e até um novo primata, o mico-leão-de-cara-preta.
Mata Atlântica em 1500 | |
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Estado | Área de domínio |
Alagoas | 53% |
Bahia | 33% |
Ceará | 3% |
Espírito Santo | 100% |
Goiás | 3% |
Mato Grosso do Sul | 18% |
Minas Gerais | 46% |
Paraíba | 12% |
Paraná | 98% |
Pernambuco | 18% |
Piauí | 9% |
Rio de Janeiro | 100% |
Rio Grande do Norte | 6% |
Rio Grande do Sul | 48% |
Santa Catarina | 100% |
São Paulo | 68% |
Sergipe | 54% |
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